terça-feira, 7 de abril de 2009

O Amor do Busão

Fui incumbida de escrever um texto. Não um texto qualquer, mas o primeiro post de Charlie. E sim, Charlie é uma menina.
Vou contar a história mais recente, pois das antigas nem me lembro mais.


Eu sou um desleixo de pessoa, meu cabelo tem um corte horrível e fico com cara de retardada na maior parte do tempo. E é nesse pique que eu vou pra faculdade, o mais freak possível. Não por que eu goste, é mais por falta de opção mesmo.
Eram 22:20h quando peguei o ônibus. Sentei ao lado de uma amiga e passamos a viagem toda rindo de piadas internas e falando besteira, sempre naquele tom de voz insuportável de menina. Eis que eu estava imitando o Paulo Henrique Amorim ( ! ) quando olho pra frente e vejo um menino me encarando. Mas encarando MESMO.
Eu o encarei de volta. Durou uns 3 segundos, olhos nos olhos. Virei pra minha amiga e continuei brincando. Mas ele não parava de encarar e aquilo me deixou extremamente constrangida. Tudo bem que minha imitação não era das melhores, mas não precisava me humilhar com aquele olhar. E para piorar, ele era bonito: um Brandon Flowers mais fortinho, com direito a bigodinho de vem-cá-meu-puto ralinho e tudo mais. Primeiro pensei que ele era mal humorado, depois pensei que era um psicopata ( pra olhar daquele jeito, só podia ) e finalmente passou pela minha cabeça que TALVEZ ele estivesse interessado em mim ( o que não exclui as duas opções anteriores ). Desci do ônibus e nem olhei pra trás, segui meu caminho. Minha amiga então começa a gritar na rua que eu tinha arrumando um amor no ônibus, que até ela tinha reparado.
Agora tento pegar o ônibus no mesmo horário para testar a veracidade do ocorrido, sempre sem sucesso. A minha esperança era de que talvez ele estudasse na faculdade, mas eu nunca o vi. Vou parar de procurar, quem sabe assim eu não o acho?!


Sem contar que o destino me boicota, vocês podem ter certeza que da próxima vez que encontrá-lo estarei com uma camiseta fuleira, uma calça manchada de candida, chinelo e com a unha do pé por fazer.

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